35 anos de evolução: conheça a história do Windows
• Windows 1.0 1985
Lançado em 20 de novembro de 1985, o Windows 1.0 foi o começo de tudo. O software era uma interface gráfica (e não um sistema operacional) que rodava sobre o MS-DOS, e não tinha um “desktop” como conhecemos hoje: o principal elemento da interface era um gerenciador de arquivos. Vinha com apps como o Paint, calculadora, agenda, editor de texto (o Write) um jogo simples, o Reversi.
• Windows 2.0 1987
Esta foi a primeira versão do Windows onde a janela de um aplicativo podia ser sobreposta às outras, algo que para nós parece trivial. Também foi nela que termos relacionados ao gerenciamento de janelas como “Minimizar” e “Maximizar” fizeram sua estréia, e que muitos comandos ganharam atalhos de teclado, já que uma das críticas ao Windows 1.0 era que ele dependia demais do mouse.
• Windows 3.x 1990
O Windows 3.0 foi a primeira versão do sistema a ser um sucesso de crítica e público, com elogios à sua capacidade de multitarefa e facilidade de uso. Com inovações como o Gerenciador de Programas (responsável pelo desktop) e File Explorer (gerenciador de arquivos), ele estabeleceu o visual padrão do Windows peos próximos cinco anos.
• Windows 95 1995
Apoiado por uma campanha de marketing bilionária, que incluiu o licenciamento da música “Start Me Up”, dos Rolling Stones, e um vídeo com os atores Jennifer Anniston e Matthew Perry, de Friends, o Windows 95 chegou fazendo muito barulho. No mundo todo usuários fizeram fila nas portas das lojas no dia do lançamento para conseguir uma cópia do software que prometia tornar os PCs ainda mais fáceis de usar.
Também foi a primeira versão do Windows “pronta para a internet” e redes em geral, com uma pilha TCP/IP integrada como parte do sistema operacional. O protocolo é, até hoje, a espinha dorsal de nossas redes de comunicação. Por fim, foi no Windows 95 que a hegemonia do MS-DOS como principal sistema operacional para computadores pessoais começou a diminuir.
• Windows 98 1998
O foco principal do Windows 98 era a Internet. O Internet Explorer se tornou um componente do sistema operacional (o que rendeu um processo à Microsoft) e até mesmo o bom e velho desktop foi “conectado”: um recurso chamado Active Desktop permitia mostrar sobre o papel de parede informações e widgets vindas de sites da web, atualizadas sempre que o computador fosse conectado à internet.
• Windows Eu 2000
O Windows Millenium Edition foi um “tapa buraco” entre o Windows 98 e o Windows XP, e ficou apenas um ano no mercado. Foi a última versão do Windows que ainda rodava sobre o MS-DOS, e tinha como principal atrativo um melhor suporte à criação e consumo de conteúdo, com utilitários com o Windows Movie Maker, Windows DVD Player e Windows Media Player integrados ao sistema.
• Windows XP 2001
Depois de 16 anos, o Windows finalmente se tornou um sistema operacional “de verdade”. O Windows XP não dependia mais do velho MS-DOS por debaixo dos panos e era baseado no Windows NT, criado para o mundo corporativo. Com isso a Microsoft uniu os dois mercados sob um único sistema.
A interface gráfica foi renovada, ganhando mais cores e efeitos e abandonando o visual “cinzento” adotado desde o Windows 3.0. O papel de parede padrão (chamado Bliss), com montes verdes sob um céu azul, se tornou uma das imagens mais famosas do mundo.
• Windows Vista 2007
Uma das versões mais detestadas do Windows (junto com o Me), o Vista nasceu de um projeto interno da Microsoft chamado Longhorn, uma “revolução” no Windows que incorporaria várias tecnologias avançadas ao sistema operacional. Entretanto, um processo de desenvolvimento conturbado fez com que a Microsoft perdesse o foco, com recursos sendo adicionados de forma desorganizada e sem uma preocupação com o produto final.
O principal foco do Vista foi a segurança, após vários incidentes com Worms e vírus que afetaram milhares de usuários do Windows XP ao longo dos anos. Recursos como o UAC (User Acess Control, a janela que pede permissão ao usuário antes de um aplicativo modificar partes do sistema) nasceram desta preocupação.
• Windows 7 2009
O Windows 7 adicionou melhor suporte a recursos comuns a muitos dos computadores modernos, como processadores com múltiplos núcleos, unidades SSD e múltiplas placas de vídeo. Além disso, a estabilidade e o desempenho melhoraram significativamente em relação ao Windows Vista.
Agora era possível prender apps à barra de tarefas, e os ícones podiam ter atalhos (“jump lists”) para tarefas comuns dentro de um app. O gerenciamento de janelas também ganhou novidades: um recurso útil que surgiu foi a possibilidade de “colar” janelas à direita ou esquerda da tela, facilitando rodar dois apps lado a lado, com cada um ocupando metade dela. Algo que, curiosamente, era padrão no Windows 1.0.
• Windows 8 2012
E então a Microsoft, uma empresa notoriamente avessa a grandes mudanças, fez o impensável no Windows 8: mudou completamente toda a interface do sistema de uma vez só. Inspirada pela popularidade de smartphones e tablets, ela decidiu trocar o Menu Iniciar pela “Tela Iniciar”.
O desktop foi substituído por blocos coloridos, de vários tamanhos e divididos em categorias, representando os apps. Alguns destes blocos podiam ser dinâmicos, trazendo informações constantemente atualizadas como notícias, o nome música que está tocando no Media Player ou a previsão do tempo.
O sistema ganhou uma loja de aplicativos, e surgiram duas classes de apps, os “tradicionais”, que adotavam o visual e convenções de uso dos sistemas passados, e os modernos, que adotavam a nova linguagem. Apenas os modernos estariam disponíveis na loja.
• Windows 10 2015
Finamente chegamos ao Windows 10. O principal destaque desta versão foi a reversão da interface para o tradicional paradigma desktop do Windows 7, com Barra de Tarefas e Menu Iniciar. Recursos do Windows 8 como os apps modernos e a loja de aplicativos persistem, mas de forma muito mais integrada à interface tradicional, e muito mais familiar aos usuários de longa data.
O sistema chama a atenção pois está em constante evolução: a Microsoft lança semestralmente um pacote de atualizações que, além de corrigir bugs, adiciona novos recursos ou modifica os antigos, o que faz com que o Windows 10 que você usa hoje seja muito diferente do que foi lançado há cinco anos.
• Windows 11 2021
O Windows 11 apresenta uma interface de usuário atualizada que segue as diretrizes do Fluent Design da Microsoft; translucidez, sombras e cantos arredondados prevalecem em todo o sistema. Um menu Iniciar redesenhado é usado, o que elimina os ladrilhos do lado direito. A barra de tarefas também é simplificada e centralizada por padrão. Task View, um recurso introduzido no Windows 10, apresenta um design atualizado. Outras mudanças no sistema incluem novos ícones, sons e widgets do sistema. Grande parte da interface e do menu iniciar se inspiram pesadamente no cancelado Windows 10X.
O Windows 11 inclui um painel de widgets acessível clicando no botão widgets na barra de tarefas. Os widgets exibem notícias, esportes, previsão do tempo e finanças do MSN. Na versão de desenvolvedor que vazou, os widgets não podem ser arrastados ou reorganizados e o acesso ao painel de widgets requer o login com uma conta da Microsoft. Isso substitui as notícias e interesses na barra de tarefas que apareceram em versões posteriores do Windows 10.
Segundo a Microsoft, o Windows 11 foi criado para colocar o usuário no centro de tudo, assim como a barra de tarefas centralizada. Segundo a empresa, a proposta do sistema é aproximar você das pessoas e coisas que você gosta. Para isso, a empresa criou widgets que contam com um feed personalizado, e mostram informações contextuais do app que você está usando.